Entrevista: Paulo Rocha (o português de "Fina Estampa")

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Vivendo na pele de Guaracy Martins na novela Fina Estampa, o ator portugês já está sendo considerado o novo queridinho do Brasil. Confira a entrevista especial cedida por Paulo Rocha:

O que você esperava quando aceitou fazer a novela Fina Estampa?
- Que eu tivesse uma boa interação com os colegas. E que o sotaque fosse bom para toda a gente.

A beleza também lhe abriu portas?
- Isso é você que estás a dizer... Mas muito obrigado... (risos). Acho que a história da beleza, dependendo do teu objetivo, tem sempre duas faces. Por um lado pode ser uma partida para criar oportunidades, numa fase inicial da carreira. Quando és mais velho, com mais anos de profissão, acho que dificulta um pouco, você passa a ser mais cobrado. É mais fácil as pessoas acharem: "Ah, ele é bonito, tem que provar que é o dobro do que é".

Você não se acha bonito?
- Tem dias... (risos).

Está tendo dificuldades com a nossa língua?
- A língua tem semelhança, mas é muito diferente. A construção gramatical é completamente diferente. E para mim é uma das coisas que ainda estou a me adaptar. Apesar de que o Aguinaldo pediu para eu falar com sotaque português, algumas construções das frases não são o português de Portugal, são o daqui.

E para decorar o texto você contra dificuldades?
- Acho que dentro do trabalho de ator, decorar o texto é a parte mais fácil. Todo o resto é o mais difícil e o mais divertido e mais desafiante. Estou me divertindo e espero que as pessoas estejam se divertindo tanto quanto eu.

Está gostando do Rio de Janeiro?
- Sim, estou a me adaptar. Falta transformar o Rio em minha casa nos próximos nove meses. Falta começar a me sentir confortável com as coisas que já conheço. Falta criar rotinas, não achar estranho ir ao supermercado, sair à noite, ter um grupo de amigos...

Você gosta da vida diurna, de praia, caminhar, que é o estilo do carioca?
- Sim, acordo todos os dias às 7 horas para ir à academia, um hábito que não tenho em Portugal. Estou morando no Leblon, que tem a vantagem de ter tudo à distância de dois passos. Supermercado, praia, academia... Acho que o Rio puxa a acordar cedo. Não cabe acordar aqui às 11 da manhã. Ah, meu Deus, vou ter saudades!

Você deixou mulher, os filhos, e a família em sua terra?
- Deixei meu pai, minha mãe, meus amigos, meu carro. Meus dois irmãos estão na Inglaterra... Só vale a pena deixar tudo se a gente se jogar por inteiro no trabalho. Estou aqui há três meses, não sei quantos mais vou ficar fora. Hoje só vejo meus parentes pelo Skype.

Tem saído para espairecer um pouco?
- Não. Carioca tem muito essa coisa de se juntar para tomar chope. Em Portugal não temos muito esse hábito. As pessoas juntam-se mais para jantar fora. Quem sabe daqui a alguns meses irei para algumas festas de sandália havaiana e calção (risos)? Mas já fui a ótimos restaurantes no Leblon, viu?

Sente saudade da comida portuguesa?
- Ah, essa faço em casa (risos).

Você costuma cozinhar?
- Sim, faço bacalhau com grão-de-bico!

Tem mais dotes domésticos?
- Sou muito arrumado, hábito de homem que vive sozinho. Aliás, moro só desde os 16 anos. E, como sou muito preguiçoso, quando desarrumo uma coisa, arrumo logo, porque se esquecer, fica tudo uma zona, e vou ter que trabalhar muito para arrumar tudo.

E as cariocas, hein?
- O que tem?

Eu que estou perguntando... Ou deixou uma portuguesa à sua espera?
-  Deixei as portuguesas todas que moram lá.
(risos)

Alguma considerada especial?
- Sim, a minha mãe (risos). O Brasil é mundialmente conhecido por ter mulheres muito bonitas. Quando era mais novo tive uma namorada brasileira em Portugal durante três anos. Portanto, sou fã (risos).

Como é atuar ao lado de Lília?

- É uma coisa que meu pai sempre me disse e é verdade. As pessoas que são realmente grandes atores são as mais simples e mais fáceis de se trabalhar. E a Lília é um desses casos. É muito fácil trabalhar com ela, contracenar com ela é uma coisa maravilhosa. É ótimo, uma bênção.

Na novela o Guaracy se apaixona pela Griselda, que hoje não possui atrativos físicos. E você considera beleza fundamental?
- Olha, acho ótimo ver uma mulher bonita. Mas se converso com a pessoa e ela não for interessante, a beleza desaparece. Se não tiver beleza interior, pode até dar certo, mas só por umas duas ou três semanas.

Já se relacionou com mulheres mais velhas?
- As mais novas não acho muita graça, não tenho paciência. Mas quando a gente se apaixona por uma pessoa, a idade não conta muito. Acho eu. (risos)

Fonte: TiTiTi
Resumo de Novelas.net (12/10/11)

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