O que é realidade e ficção em "Caminho das Índias"

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Agnelo da Costa é um legítimo indiano, morador de Copacabana (Rio de Janeiro) vive no Brasil há 32 anos, mas ainda tem fortes ligações com o seu país de origem. Ele não hesitou em contar a sua impressão sobre a novela de Gloria Perez e comparou muito bem as cenas da trama com a realidade na Índia.

Agnelo não economizou nos elogios para a novela de Gloria e afirmou que a autora soube retratar perfeitamente uma família tradicional e rica do interior.

"A autora destacou em um aspecto familiar forte na novela, em geral. Sobre a parte da Índia, ela mostrou uma família muito tradicional, do interior, bem rica. Mas seu objetivo, naturalmente, era também mostrar a família brasileira. Ela contribuiu muito para melhorar o entendimento entre esses dois países. Eu espero que isso só cresça", disse.

Agnelo explica que o sistema de castas, muito discutido na novela, ainda existe sim, da mesma forma que foi colocado em Caminho das Índias. "Na cidade grande as castas estão se intercalando, já existe casamento entre elas. Mas, realmente, em cidades menores, como Jaipur, da novela, a autora conseguiu manter essa tradição que é forte", contou.

Nas cenas que se passam na Índia, Juliana Paes, Rodrigo Lombardi, Tony Ramos, Eliane Giardini, e muitos outros usam e abusam de palavras como "Tike", "Nahin", "Are Baba", "Baldi" e etc. Em algumas situações, o público teve a ligeira impressão que foi exagerada a quantidade de expressões. E Agnelo concorda:

"Todas as palavras indianas faladas na novela são muito usadas na Índia. O que aconteceu é que os atores cada vez mais se apropriaram das palavras. No começo eles não falavam tanto. Já agora falam mais, dançam mais. É interessante pontuar que não são bordões, são palavras muito usadas mesmo", disse.

Agnelo disse ainda que depois da estreia da novela, amigos e conhecidos passaram a brincar mais com ele por conta das palavras. "É namaste, are baba. Eles riem um pouco, mas é simpático. Eu vejo positivamente.

Acho que nesta novela se conseguiu uma maior aproximação com a cultura diferente do que com 'O Clone' (que também é de Glória)", afirmou.

Mas nem só elogios o indiano fez, discordando de algumas cenas. Agnelo relembrou uma cena no início da novela em que achou que Gloria "escorregou" um pouco. "O começo foi atrapalhado. Em uma cena mostrou a personagem Maya marcando encontro com Bahuan na frente do Taj Mahal. O problema é que o monumento é bastante longe de Jaipur. O país é bem grande", pontuou.

"Gloria não mostrou outros locais, como Goa, a colônia portuguesa de onde eu vim, e nem outras religiões. Mas foi bom ela focar em apenas um local, para não dispersar tanto", opinou Agnelo.

Outro aspecto importante que Agnelo achou bom na novela foi a ótima escolha do elenco, visualmente falando. "Os atores, na maior parte, são mais claros, como as pessoas daquela área. Não tenho o que dizer da aparência. Se não falassem português, eu diria que eram indianos, vestidos daquela forma. Acho só um pouco exagerado eles ficarem bem vestidos todo o tempo, mas como são comerciantes de tecidos caros, tudo bem. Eles precisam estar assim para impressionar os clientes", finalizou.

Entrevista cedida no canal MSN "Famosidades"
Resumo das Novelas.net (09/09/09)

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